Descobrindo os Games nos Anos 1980
Meu primeiro contato com um videogame foi quando ganhei meu Atari de presente de Natal em 1984. Lembro-me de quando meu pai chegou do trabalho trazendo uma sacola grande com uma caixa embrulhada para presente e também um envelope cheio de cartuchos que ele conseguiu emprestado com seus colegas. Para evitar problemas com possíveis defeitos e prazos de garantia para troca, ele preferiu testar a novidade eletrônica naquela noite mesmo, matando nossa curiosidade e gerando um momento único.
O mundo era outro. O Brasil era outro. Havia um conceito de reserva de mercado, visando estimular o desenvolvimento da indústria nacional que proibia e/ou dificultava a importação. Para completar, nossa moeda, o Cruzeiro, se desvalorizava a cada minuto, promovendo uma frenética onda de remarcação de preços ao longo dos dias e a perda de poder de compra da população.
Nesse contexto, aqui no Brasil, o videogame Atari era produzido pela Polyvox seguido de perto por marcas como a CCE e a Dynacom, entre outras, que desenvolveram seus clones e inundaram nosso mercado com muitas opções de preços, qualidade e títulos de jogos, de maneira a consolidar no país o que se tornou a segunda geração de consoles de videogames.
Mas naquela noite eu ainda não sabia de nada disso. Eu era apenas aquele garotinho de 8 anos de idade, feliz com o meu presente. Aquele envelope tinha uma dezena de cartuchos com diversos jogos como Donkey Kong, Enduro, Pac Man e River Raid. Na caixa do Atari havia um selo informando que incluía um jogo: Missile Command. Minha surpresa foi que de alguma forma a informação não estava correta, pois o jogo integrante era outro: Pitfall!
Ligamos o aparelho na TV por meio de um dispositivo comutador conectado na entrada da antena, conectamos os joysticks no aparelho, inserimos o cartucho de Pitfall e vi pela primeira vez o personagem Harry ali parado, esperando por minha interação. Lembro-me do som quando apertei o botão vermelho e ele pulou, bem como meu espanto ao constatar que realmente aquele conteúdo na TV reagiu a meu comando. Movi o direcional e caí na abertura para a escada. Aquilo era muito novo para mim. Não era normal esse tipo de interação. Estávamos acostumados a assistir filmes, desenhos animados, telejornais, novelas, mas nada como aquilo. Foi uma verdadeira ruptura de paradigma.
Aquele momento mágico de 1984 trouxe a tecnologia para a minha vida e minha carreira, seja através da minha formação no desenvolvimento de software, seja pela paixão pelos jogos e minha jornada na produção e design de games.
Mas naquela noite eu ainda não sabia de nada disso. Eu era apenas aquele garotinho de 8 anos de idade, feliz com o meu presente.
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Atari 2600 com conector da antena, catálogo de jogos e manual de instruções.
O mundo era outro. O Brasil era outro. Havia um conceito de reserva de mercado, visando estimular o desenvolvimento da indústria nacional que proibia e/ou dificultava a importação. Para completar, nossa moeda, o Cruzeiro, se desvalorizava a cada minuto, promovendo uma frenética onda de remarcação de preços ao longo dos dias e a perda de poder de compra da população.
Nesse contexto, aqui no Brasil, o videogame Atari era produzido pela Polyvox seguido de perto por marcas como a CCE e a Dynacom, entre outras, que desenvolveram seus clones e inundaram nosso mercado com muitas opções de preços, qualidade e títulos de jogos, de maneira a consolidar no país o que se tornou a segunda geração de consoles de videogames.
Mas naquela noite eu ainda não sabia de nada disso. Eu era apenas aquele garotinho de 8 anos de idade, feliz com o meu presente. Aquele envelope tinha uma dezena de cartuchos com diversos jogos como Donkey Kong, Enduro, Pac Man e River Raid. Na caixa do Atari havia um selo informando que incluía um jogo: Missile Command. Minha surpresa foi que de alguma forma a informação não estava correta, pois o jogo integrante era outro: Pitfall!
Gerações: Atari 2600 e o Atari Flashback 8!
Ligamos o aparelho na TV por meio de um dispositivo comutador conectado na entrada da antena, conectamos os joysticks no aparelho, inserimos o cartucho de Pitfall e vi pela primeira vez o personagem Harry ali parado, esperando por minha interação. Lembro-me do som quando apertei o botão vermelho e ele pulou, bem como meu espanto ao constatar que realmente aquele conteúdo na TV reagiu a meu comando. Movi o direcional e caí na abertura para a escada. Aquilo era muito novo para mim. Não era normal esse tipo de interação. Estávamos acostumados a assistir filmes, desenhos animados, telejornais, novelas, mas nada como aquilo. Foi uma verdadeira ruptura de paradigma.
Registro da chegada do meu Atari Flashback 8, edição comemorando os 40 anos do console.
Vem com Pitfall e Missile Command! :)
Vem com Pitfall e Missile Command! :)
Aquele momento mágico de 1984 trouxe a tecnologia para a minha vida e minha carreira, seja através da minha formação no desenvolvimento de software, seja pela paixão pelos jogos e minha jornada na produção e design de games.
Mas naquela noite eu ainda não sabia de nada disso. Eu era apenas aquele garotinho de 8 anos de idade, feliz com o meu presente.
#ricardoromanogames #r2romano #r2romanogamedesign #gamedesign #producaodegames
#atari #atari2600 #atariflashback #retrogames #gameretro #classicgames #videogame #game #jogosdigitais #videogamenobrasil #pitfall #missilecommand #enduro #donkeykong #pacman #actvision